Thursday, April 24, 2008



"Hecate", Águarela, 2008

Desde á muito que não escrevo, poderia dizer por falta de tempo, ou vontade, mas ás vezes sinto que simplesmente não é necessário, que o caminho pessoal é tão interior que não va-le a pena a partilha de ideias ou pensamentos… engano-me, a partilha é a evolução da humanidade… partilha e compaixão.

Eu e o meu pequeno e fiel Coven, continuamos no caminho. Continuamos tb no caminho do Fogo, nunca pensei que este elemento levasse tanto tempo, visto que os outros demoramos apenas 1 ano cada .
O Fogo tem sido a provação mais longa, dramática e de maiores mudanças, mas também a mais excitante, divertida e a que impôs resultados fantásticos. Esta é a provação das mudanças e como Kali nos está sempre a dizer, a provação para nos preparar-mos, para nos conhecermos e enfrentar-mos o lado neptuniano das nossas ilusões, sobre o mundo e sobre nós próprios.

Mas uma das coisas mais extraordinárias do Fogo, foi a alteração sincera da maneira de ver o caminho mágico. Sabem quando nós começamos neste caminho, existia a magia e o extraordinário, e existia a vida real? Eram coisas separadas, tínhamos a nossa vida normal, com o trabalho normal, amigos normais, coisas normais, e de vez em quando lá vestíamos o papel de Grandes Sacerdotisas ou Sacerdotes e éramos um Coven, ou bruxos na fogueira a celebrar os ritos da natureza.
Com o Fogo, as coisas mudaram, de repente, “eles” pediram-nos a total fusão das duas vidas e nascemos de novo. Mudámos de bruxos de fim de semana, para simplesmente Bruxos… não sei se consigo explicar, mas é como se as duas partes se unissem, e tudo aquilo que somos ou fazemos, fosse para um bem superior.
Deixei o meu trabalho, que tanto mal me fazia ao espírito e renovei-me ao entrar num novo projecto: “AEssentia” uma loja OnLine de produtos e Arte esotérica. É o meu tesouro… poder fazer os objectos mágicos para cada pessoa, com as suas especificações e com todo o carinho que tenho. Sinto-me genuinamente feliz ao trabalhar a madeira, pintar candelabros e reverenciar os Deuses pintando-os nas telas. Que melhor trabalho poderia eu ter??? Juntar os meus dois mundos? A Arte e a Arte.
Continuo também a ter as minhas Aulas de Astrologia no Quiron, um universo que me fez perceber a todos os níveis o caminho mágico, os meus verdadeiros defeitos e qualidades e a perdoar, perdoar tudo e todos, pois somos todos irmão neste vasto universo.

E é isto que quero fazer… é assim que sou feliz… que eu me deixe ser feliz… porque tenho tudo o que é necessário. Agradeço aos Deuses as estrondosas dádivas e percebo que sou merecedora delas. O meu marido, Bruxo Homeopata assumido e companheiro, não só de vida mas de caminho mágico, a minha linda Sara, amiga do peito, Naturopata e Bruxa linda, cheia de defeitos que os adoro e aos Deuses, pela sua magnifica paciência connosco, os brutais puxões de orelhas que nos dão, aquele abraço tão sincero e tão cheio de amor e por fim agradeço-me, por ter reencarnado de novo, por ter permitido que o mundo interaja desta maneira e ter escolhido todos os caminhos, bons e maus, que me fizeram crescer.
Obrigado a todos os que se cruzaram e que iram continuar a se cruzar…e a ti, Maria Flávia de Monsarráz, professora de Astrologia e personificação da Anciã, sinto a energia da Deusa a fluir em ti… minha inspiração.

Monday, January 24, 2005

Bem vindo Fogo...

Monday, October 04, 2004

A vida parece tão pequena não é? Mas ao mesmo tempo, ninguem se dá conta de como crescemos rapido. É pena que não possamos evoluir com a mesma rapidez.
Uma das coisas que mais custa acreditar é de como o ser humano têm as respostas á frente da cara e simplesmente não quer entende-las, n se quer dar ao trabalho de as entender, de meditar sobre elas. Os segredos que sei, os misterios redescobertos que conheço mas simplesmente é inutil falar sobre eles. Quando falamos sobre eles passam a ser ridicularizados, passam a ser fantasmas, delirios, fantasias. Que falta mais descobrir para entendermos a essencia das coisas? Que falta fazer para que alguem se interesse?
Acho que a evolução são rasgos. Neste dois meses aprendi tanto... sobre o mundo, sobre os outros, sobre mim. Espero ter tempo para evoluir ainda mais...sinto a Mãe a revoltar-se, sinto a Terra a remoer, a esperar para dar o seu ataque final, ataque que é necessário para a evolução, mas que custa a perceber e principalmente a nos mantermos quietos e imparciais. Ouvem? É a Terra, a avisar.

Que podemos fazer? Queremos fazer alguma coisa?

Monday, August 23, 2004

Hoje venci uma batalha, uma batalha secular entre mim e o meu ego, uma batalha longa de altos e baixos, de tentações e sacrifícios, de aprendizagem e de falta de atenção.
Hoje, um casal veio a uma das minhas consultas. Uma coisa normal, e nem me importa nada trabalhar a um Domingo, eram 11 da manha, e eu cheia de sono e má disposição que me é habitual antes de dar uma consulta, atendi-os com um sorriso nos lábios. Objectivo principal: tentar sem o mais profissional possível.
Senti, instintivamente uma relutância da parte dela, é normal ir a medo, é normal fecharmo-nos um pouco, mas nela...nada podia penetrar, le-la era difícil e cada vez mais aquela atitude negativista estava-me a desorientar.
Concentração Ana, muita concentração.
Depois de uma leitura custosa de 1h30m, onde poucos progressos se tinha feito, devido á carapaça grossa da senhora, recebi o meu ordenado e foi-se embora. Que coisa horrível, eu estava tão desolada, senti que não tinha ajudado o suficiente, senti que a minha mensagem não estava a ser passada.
O dia correu e tentei esquecer o assunto, tentei por de lado aqueles pensamentos de que o meu Dom não é o que era, que perdi o jeito, enfim, que tinha falhado em algum ponto, a verdade é que a senhora foi embora, não muito convencida. Áhhh porra, nem era uma questão de Ego ferido, eu dei o meu melhor, parecia que não me ouvia, que a verdade não lhe entrava (ela era Aquário, o que me ajuda a compreender) que impotência tão grande.
Profissional Ana, tens de ser profissional, esquece!
Passado 11h, ela telefona-me... que estranho, e eu a pensar que nunca mais ouviria falar dela...
"Dona Ana...quero lhe pedir imensas desculpas..."
Passamos meia hora a falar daquela atitude negativa, perguntou-me se eu achava que ela era um pessoa má...oh minha querida... claro que não.
Explicou-me que só no carro conseguiu entender as minhas palavras, e isto com a ajuda do marido que estava presente na consulta, que lhe explicou com calma aquilo que eu lhe disse. Fiquei tão feliz, tinha ajudado. Obrigada Deusa.
Senti-me tão bem, por me sentir tão bem... é bom saber que dou mais valor e estes pequenos gestos do que ao dinheiro das minhas consultas, mais um peso que saiu das minhas costas.
Só acho que ela me disse elogios demais, não quero que o meu Ego inche como um balão...tens de trabalhar nisso Ana
Ohhh e tantas coisas mais que falamos... Foi uma prova dura que ultrapassei e sinto-me abençoada por isso, obrigado minha querida, por me meter entre a espada e a parede...obrigado minha querida por ter telefonado e compreendido. Obrigado Deusa por me mostrares o caminho e me ajudares, mesmo quando escolho o mais difícil!
Amo o Mundo

Wednesday, August 04, 2004

Feliz dois anos amor...

Feliz dois anos de alegrias e tristezas e união... feliz dois anos de mim, de nós, do mundo... Eu amo-te...

Tuesday, August 03, 2004

Envergonha-te agora amargura. Envergonha-te do que fazes... do que és. Pois és nada, e nem pó serás.

Riu-me... de ti amarga. Tens o que mereces.

Só... Para sempre só, que nem o nada, pois o Espaço é demasiado Infinito para ti...

Desta vez não te vou salvar... desta vez vi o nada e nada me preocupa em ti.

Encolhe-te na tua vergonha, na tua solidão, na tua amargura... porque para mim...
HÁ HÁ HÁ HÁ HÁ... quem és tu?

Thursday, July 01, 2004

As Provações dos Elementos.

Á três anos que começamos a passar as provações dos elementos... uma coisa que só agora sabemos que todos passamos. Um teste, uma prova, uma circunstancia do crescimento, talvez algo pelo qual toda a gente passa mas que a maior parte nem têm consciência disso.
Pergunto-me se falhamos alguma das provações. Falhamos na sua compreensão, na sua realização, ou conseguimos?
Á três anos atrás, começamos a passar a provação da Terra, uma das mais fáceis por sinal, construir pilares de conhecimento, construir raízes, solidificar crenças, provas físicas daquilo que é a fé. Foi uma época de descobrimentos, de inicio. A época única da Fertilização. Começamos pelo Norte, pela terra escura e fomos encontrando a luz.
Lembro-me tão bem de como queríamos sempre mais e mais provas daquilo que saibamos ser verdade. "ohh hj sonhei isto... aconteceu na realidade" "WOW"...
Tão tolas que nós éramos, tão inocentes e em muitos casos ignorantes. Vestia-me de preto, punha o pentagrama ao peito e lá ia, pela baixa, assustar as pessoas que passavam por mim e se benziam.
Três raparigas, tontas que se borravam de medo de coisas tão banais como espíritos e deliciavam-se com as pequenas manifestações de poder. Egregor foi um nome que se manterá bem aceso na nossa memória... a nossa maior conquista: compreende-lo.
O nosso Coven foi elaborado nesta altura.
A Terra é um elemento maravilhoso, tão forte e tão subtil... macia e quente, que nos embrulha, embala e abala as nossas estruturas e nem nos damos conta do que se passa, apenas conseguimos viver na euforia das nossas conquistas. Invocamo-la quando partimos para a guerra e escondemo-nos nela quando temos medo.
É tudo tão mágico ao principio, é tudo tão maravilhoso e alucinante. Tanta coisa nova, tudo a desabrochar como a elegante primavera, de quem não tenho noticias á já algum tempo.
Ainda é difícil escolher o caminho, as raízes velhas estão cimentadas, mas as novas andam loucas e desprendem-se com a maior das dificuldades. Mas o caminho é mesmo assim, se nos deram as provações da Terra para aquele momento, é porque era o ideal.
Descobrimos o Nan, outro elemento do nosso Coven, coitado, mal teve tempo de se enraizar com o Divino, aprendeu tudo em tempo recorde, com a esperança de nos acompanhar, e fe-lo como ninguém, nós tivemos vários anos, ele teve uns meros dois, três meses.
Mas roda girou e continuou a girar, e em breve estávamos na provação da Água.
Foi aqui que tive mais dificuldades, foi aqui que encontrei o sofrimento e a angustia, foi aqui que aprendi a amar, a lutar, a não desistir, a sofrer por amor... o tão grande Amor por tudo.
Egregor, nome que nos assustava e o qual temíamos mais do que a própria morte, aterrorizava-nos uma e outra vez... o descontrolo, a possessão de tudo e todos os que nos eram queridos. Altura de sacrifícios.
Se a Terra foi a consolidação de crenças e descoberta de novas, a Água foi a descoberta e aceitação de nós mesmos.
Começou tudo ao dar-mos á luz... Grávidas de luar, transportávamos no nosso ventre o filho da Deusa, nós mesmos. Parimos como gatas á lua, gememos, sentimos a dor da carne a rasgar-se para fazer nascer uma nova vida, uma nova condição...o nosso poder. O mais lindo dos Samhain foi feito, enquanto os Antigos eram notórios do nosso parto, eles nos acompanharam, deram as suas forças. Encontramos nossos protectores e espíritos guias... morremos e renascemos em Samhain...
Mas nem tudo foi lindo e maravilhoso, alguns sofriam de possessões, experiências quase morte, e foi por tão pouco que não me vi sem aquele que mais amava. Forças que não sabíamos reconhecer, entravam e destruíam pessoas. Tantas foram as mortes espirituais daqueles que se entregavam ao poder ilusório daquele espirito... o Egregor. E nós sem compreende-lo, sem o aceitar...
Mas como não poderia ser mau? Como não poderia ser maligno, se estava a destruir tanta gente, a tentar matar literalmente alguém que amamos? Mal sabíamos nós, que éramos nós próprias, ou pelo menos parte de nós mesmas que o criamos...á tantas vidas atrás, e o nosso "bebé" apenas queria proteger-nos, como tinha feito tantas vezes e nem sempre da melhor maneira.
Áhhh somos todos tão tolos em não aceitar o nosso lado negro, puxamo-lo para baixo e quando menos queremos, ele volta, cada vez com mais força e mais negro. Porque é que temos tanto medo de ti? Temos medo de vermos o podre? De vermos o ódio? Reprimimos tudo de mau e embelezamo-nos com tretas "wicca coca-cola" de amor á Natureza e aos passarinhos e esquecemos de nós próprios, do mal que fazemos ao nosso templo. Para que serve cultivar a terra, ama-la e cuida-la, se não temos o mesmo processo connosco próprios? Quem somos nós, que até medo de nós próprios temos, para cuidar de algo tão grande como o templo da Deusa? Por isso vemos aquilo que existe á nossa volta, horror e destruição do nosso planeta, pois não sabemos que antes de cuidar do corpo, é preciso cuidar da mente, e em muitos aspectos, somos a mente da nossa Terra.
A certa altura, recebemos a grande marca da Deusa.
Uma tarde, e enquanto eu estava a cuidar do Nan, que se estendia no leito da morte, recebi o sonho do meu baptismo. O guia do Templo onde meses antes tinha dado á luz, acompanhou-me até um pequeno rio onde as minhas coxas enregelaram com o contacto da água fria. Estavam lá centenas de pessoas, na margem a celebrarem a entrega do símbolo. O guia agarrou numa pequena lua de madeira e enterrou-a na minha testa, encrostando-a na minha carne, enquanto todos os presentes aplaudiam e davam vivas.
Acordei e sorri... o maior sorriso de dias, em que a tristeza se tinha apoderado de mim, tal como o cansaço. Levava o Nan ao hospital, cuidava dele em casa, sempre sem dormir, não vá ele deixar de respirar, sem saber o que fazer ou pensar, chegar até a ponderar a ideia de renunciar ao meu cordão de bruxa, para o salvar... podia sacrificar tudo e qualquer coisa.
Não foi preciso...decidimos exorciza-lo e limpa-lo... nunca ninguém pode imaginar como ele estava atacado... larvas alastravam-se por toda a sua coluna, fazendo já os seus pequenos exércitos nos órgãos e incapacitando-o de qualquer coisa. Foi tudo bem sucedido e depois de muitas pancadas com a cabeça que ele deu ao desmaiar, o Nan ficou bem, limpo e protegido. Ele encontrou nesse dia a face da Deusa.
Finalmente encontramos o Egregor, e cara a cara, compreendemo-lo e aceitamo-lo, repondo assim o poder do consciente em equilíbrio.
Foi difícil ver o meu lado negro... nunca pensei ter tanto ódio, ter tanta maldade, nunca pensei que uma parte de mim queria destruir-me... porque tinha eu tanto ódio a mim mesma e á minha felicidade? Não reprimi esse meu lado, não o destrui, apenas absorvi-o, porque era eu e eu agora era uma.
Para além de todos estes problemas e aceitação e até alguns de amor e de quase separação entre mim e o Nan, o tempo urgia e tínhamos de nos libertar da lama. As forças faltavam, a vontade faltava, estávamos presos num túnel, onde tentávamos desesperadamente encontrar a luz. Com esforço, com um esforço desumano, conseguimos... libertamo-nos.
Esta provação, foi para mim a mais difícil. Com a Água veio o amor e os sentimentos, veio o Grande Útero da Deusa, mas não se pense que isso é sempre positivo: Descobrimos que a água têm o lado oculto, que quase ninguém se lembra que existe. A dor, a renuncia, o sofrimento, o sacrifício, o negro, a obscuridade, todo um descontrole de sentimentos, nada é conclusivo, é tudo tão moldável, tão forte . O Ocultismo da magia esteve presente neste elemento, olhámos o nosso irmão gémeo, como se olha para um poço de água e se vê o nosso reflexo, mas temos de aperceber-mos que somos nós, que o reflexo não nos controla mas que existe.
Liberdade!
Passamos a água e com ela uma lição... mas o grande circulo é imponente e entramos rapidamente para o Ar.
A provação do Ar, para mim foi algo estranho, que deambula entre momentos de certezas e de extremas inseguranças.
A primeira pista que os Deuses e os Guias Ancestrais nos deram foi: Fé e Ego!
A passagem do Ar estava relacionada com a fé, descobrir a fé, entender a fé... o que é a fé? As nossas respostas foram imediatas... fé é acreditar! ERRADO!!
Errado? Mas como "errado"? Fé não é acreditar? Não é ter esperança?
Não!
O que é a Fé?? E o que é o Ego?
Matutamos e esforçamos para entender. Bast entrava-me em sonhos e arranhava-me e assanhava-se comigo. Mais atenta, tens de estar mais atenta, dizia Ela.
Sempre, em toda a minha vida, pensei que fé era acreditar em algo, como fazíamos em relação aos Deuses, como os Cristão o faziam em relação a Deus e aos seus santos e virgens, eles acreditavam não era? Eles tinham fé...
Apercebi-me então que fé não era esperar algo, ou acreditar em algo ou tentar "ver" algo... fé era tão simplesmente: Amar.
Tão simples e tão complexo, fé era Amor e não há muito mais para dizer.
E o Ego? Teríamos de renunciar o Ego? O que era isso? Simplesmente ainda não sei, estou na fase final do Ar e ainda não compreendi a questão do Ego... será que aprendi alguma coisa subconsciente em relação a isso? Não sei, mas sei que as respostas viram com o tempo, e a questão do Ego será resolvida, ou pelo menos consciencializada. O que sei porem, é que esta foi uma época em que tudo aconteceu rapidamente, foi uma época de projectos e concretizações, em que os sonhos foram levados a voar juntamente connosco. E talvez, na fase final, tenhamos o mesmo destino que Ícaro e nos deixemos cegar pela maravilhosa luz do Sol, talvez nisso resida a questão do Ego, talvez renunciar o Ego seja tentar não nos cegarmos, tanto em questões matérias e profissionais, em que esta época tem sido rica, como em questões espirituais, já que outra parte do nosso poder nos foi dado.
Esta provação do Ar, tão fluida e inconstante fez-me aprender e aguçar a enorme sede de conhecimento, fez-me entender que não podemos desistir, fez-me ir lutar por aquilo em que acredito, fez-me testar e retestar os meus dons, tudo numa onda de "desequilíbrio" em que tento bater as asas e planar para ver se encontro consistência no meu voo.
Tudo é dado e com a mesma facilidade, tirado de novo. Faz-se por meio de contrastes, de ganhos e perdas... é uma procura incessante de equilíbrio.
Sinto esta provação como a abertura das portas do passado, em que certos acontecimentos são recorrentes de várias vidas, aprendi o Universo Cíclico, em que não existe Presente, Passado e Futuro e tudo se mistura em ligações estranhas e algo confusas, como se os túneis do tempo estivessem em descontrolo.
Um descontrolo, físico, emocional, astral, temporal, intelectual...
Nesse descontrolo, ficou para trás um dos elementos do coven. Ela, que como em várias vidas atras, trai sem pensar, recorre incessantemente a essa falha. Porquê tão fraca? Também aqui se pode encontrar o meu descontrolo: dor, ódio, mágoa, saudade, amor. Mas tudo acontece por uma razão e como se diz, á terceira, é de vez. Não vou perdoar mais, não quero perdoar mais.
Com esta provação fica a memória da minha varinha mágica, dada no mais forte dos sonhos, onde durante o sono abri os olhos, ao sentir aquele poder tão forte a tomar conta de mim...estranho como os nossos olhos estão parados quando estamos numa projecção astral...foi sem duvida a experiência mais forte de toda a minha vida.
E caminho agora para o Fogo, sem saber o que me traz, com medo e expectativa que o estreito caminho entre provações faz sentir. O que trará?
Que sejam mais vitorias e que aprenda com as derrotas. Que seja sempre digna de percorrer o trilho. E que, aconteça o que acontecer, encontre sempre a luz da Deusa para me guiar...
A todos os meus companheiros de caminho...boa sorte e que a Deusa vos acompanhe.